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| Foto: Divulgação |
Os moradores de Fortaleza estão sentindo no bolso o impacto do aumento no custo dos alimentos. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a cesta básica na capital cearense chegou ao valor de R$ 727,46 em março, consumindo cerca de 51,81% do salário mínimo líquido, que é de R$ 1.404,15.
O aumento foi impulsionado principalmente pela elevação nos preços de quatro itens: o tomate subiu expressivos 118,05%, seguido pelo café (47,04%), carne (23,10%) e óleo (24,90%). Por outro lado, alguns produtos registraram queda nos preços, como o feijão (-8,41%), a farinha (-7,33%) e o arroz (-6,69%).
Na comparação anual, entre março de 2024 e março de 2025, todas as capitais brasileiras apresentaram aumento no valor da cesta básica. Fortaleza liderou com a maior alta, de 9,69%, enquanto Porto Alegre teve a menor, com 1,83%.
Para garantir uma vida digna a uma família de quatro pessoas, o salário mínimo necessário deveria ter sido de R$ 7.398,94 no mês de março de 2025 — valor que representa 4,87 vezes o salário mínimo atual, de R$ 1.518,00.
Considerando o desconto de 7,5% do INSS, um trabalhador que recebe o piso nacional precisaria utilizar mais da metade de sua renda líquida apenas para cobrir os custos com alimentação básica.