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O país ocupa a 7ª posição no ranking que avalia a complexidade para se fazer negócios em 79 nações e jurisdições ao redor do mundo.
O Brasil deu passos importantes rumo à simplificação do
ambiente de negócios, mas ainda se mantém entre os países mais difíceis para se
empreender, conforme apontado pelo Índice Global de Complexidade Corporativa
(GBCI) de 2023. Em comparação, o Brasil estava no topo da lista em 2022 e caiu
para o terceiro lugar em 2023. Essa mudança de posição reflete tanto as
melhorias internas quanto a deterioração do ambiente de negócios em outras
regiões.
Carolina Secches, diretora no Brasil da Global Entity
Management da TMF Group, organização responsável pelo estudo, destaca que a
queda do Brasil no ranking se deve mais à piora de outros países do que a
avanços significativos por parte do Brasil. No entanto, ela reconhece que o
país tem feito esforços substanciais para simplificar suas regulações,
especialmente em áreas como câmbio e políticas tributárias. Essas mudanças são
vistas como fundamentais para atrair investimentos estrangeiros e fomentar um
crescimento econômico mais robusto e sustentável.
Embora existam sinais positivos, o caminho para um ambiente
de negócios mais simples ainda é longo. A Reforma Tributária, por exemplo, é
uma das principais iniciativas do governo para reduzir a complexidade
empresarial, mas seus efeitos práticos só devem começar a ser sentidos a partir
de 2026, devido ao processo lento e complexo de regulamentação. Secches observa
que os impactos dessa reforma serão variados, dependendo do setor, e que ainda
há muitas incertezas a serem resolvidas antes que os resultados concretos
possam ser observados.
A situação do Brasil é refletida por outros países no topo
da lista de complexidade. Grécia e França, que lideram o ranking, enfrentam
desafios similares, especialmente em relação às rigorosas leis trabalhistas que
dificultam a operação das empresas. Essa comparação reforça que, apesar das melhorias,
o Brasil ainda tem um longo caminho pela frente para se tornar um ambiente de
negócios menos complexo e mais atraente para investidores internacionais.
Fonte: Exame