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| foto: divulgação Gerdau |
A Gerdau suspendeu suas operações no Ceará, afetando suas fábricas em Maracanaú e Caucaia, esta última anteriormente conhecida como Siderúrgica Latino-America (Silat), adquirida do grupo espanhol Hierros Añón.
A fábrica de Maracanaú, historicamente a primeira siderúrgica do estado, remonta à década de 1970, sendo uma peça importante na industrialização promovida pelo ex-governador Virgílio Távora.
Embora o número exato de funcionários em "layoff" não tenha sido confirmado pela empresa, estima-se que possa chegar a 600 colaboradores. A Gerdau tomou essa medida devido à competição desafiadora com o aço chinês.
O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Maia Júnior, expressou preocupação com a situação, destacando a importância estratégica da Gerdau para o estado e o impacto negativo da decisão.
Após a publicação da notícia, o atual titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho, informou que estão trabalhando com a Gerdau para buscar a retomada da produção.
A Gerdau, em comunicado, esclareceu que não encerrou e não planeja encerrar suas operações em Maracanaú e Caucaia, destacando a implementação de um programa de suspensão temporária de contratos de funcionários para preservar empregos existentes. A empresa ressaltou os desafios enfrentados devido ao desequilíbrio na oferta de produtos importados, principalmente da China, e instou o governo a adotar tarifas de importação de aço similares às praticadas nos principais mercados para equilibrar a competição.
A Silat, adquirida pela Gerdau em 2019 por US$ 110,8 milhões, era uma importante fabricante de produtos de aço, empregando 233 colaboradores e tendo uma capacidade anual de laminação de 600 mil toneladas, além de uma planta de ampliados com capacidade para produzir 100 mil toneladas por ano.
O "layoff" é uma medida utilizada pelas empresas para ajustar temporariamente suas operações em resposta a diversas circunstâncias, suspendendo ou excluindo temporariamente vagas de emprego para se adaptar às condições do mercado.
Fonte: Focus